Falamos bastante de experiência do usuário (UX) por aqui, mas você conhece todos os profissionais que zelam pelas necessidades do seu cliente, metas do seu negócio e usabilidade, e que também estão por trás dos projetos de software e de produto? Acontece que UX abrange diversas áreas dentro do universo do design. E para criar uma interface, o trabalho geralmente envolve um grupo de pessoas, cada uma responsável por uma dessas áreas, para dar vazão ao projeto.
Tudo isso sem contar os fatores subjetivos, tais como o perfil demográfico do usuário, background cultural, estado emocional, etc.
Voltando ao design, um modelo que mostra a junção de todas as disciplinas que compõem esse universo foi proposto por Dan Saffer no ano de 2006 e atualizado pelo próprio autor três anos mais tarde. Nele, a experiência do usuário contempla Arquitetura da Informação (IA), Design de Interação (IxD), Design Visual, Conteúdo (texto, vídeo e áudio) e Sound Design, além de fatores humanos e a interação humano-computador. Cada uma dessas áreas foi projetada por alguém.
As áreas que dão suporte ao UX Design
O termo UX Design, que está por trás da experiência do usuário, é abrangente e tem como principal objetivo garantir que o produto final conquiste suas metas enquanto oferece aos usuários a experiência mais efetiva e agradável possível. Isso pode ser resumido em quatro pontos: utilidade, usabilidade, apelo e engajamento. Ao atingir todos, o objetivo é cumprido. Para chegar até lá, o UX Designer conta com a ajuda de algumas especializações:
- Pesquisador de usuários: sua tarefa é conduzir pesquisas com usuários, quantitativas e qualitativas, e analisar comportamentos a fim de definir as funcionalidades do produto junto com a equipe. Também é quem faz os testes com os usuários.
- Arquiteto de informação / Designer de interação: sua tarefa é organizar o conteúdo do site ou sistema em um mockup ou wireframe, que se assemelha a um “mapa” e mostra como será a estrutura do sistema, o que vai no menu, como funciona cada página, as interações previstas, transição entre telas, o comportamento de menus, botões, etc. Tudo é feito do ponto de vista do usuário e das metas do negócio, pensando em todas as rotas possíveis na navegação, de uma forma mais estrutural, simplificada e hierárquica.
- Especialista em conteúdo: sua tarefa é pensar e criar (redação) o conteúdo que vai aparecer no site ou sistema, sempre levando em conta os diferentes dispositivos móveis de acesso. Isso inclui também escrever títulos, links agradáveis, fluxo de e-mails, mensagens de erro, mensagens de validação, etc.
- Designer visual ou Designer de interface: sua tarefa é pensar em toda a estrutura visual do site ou sistema, como as informações estarão dispostas, desde a tipografia até cores, gráficos, efeitos visuais, ilustrações, texturas, enfim, todo o layout. Propõe a maneira como o usuário vai alcançar a experiência.
- Desenvolvedor front-end: sua tarefa é colocar o site “no ar”, ou seja, implementar o trabalho das demais especializações, escrevendo o HTML, CSS, Javascript e demais linguagens utilizadas.
- Gerente de projetos: sua tarefa é gerenciar o trabalho, do começo ao fim, de todas essas áreas que integram o time em prol da experiência do usuário.
O User experience designer, por sua vez, tem como foco principal despertar o “sentimento em usar o produto”, que deve prezar pela satisfação dos usuários através da usabilidade, facilitando a navegação, a qualidade da interação e o entendimento do negócio por parte do utilizador. Em poucas palavras, sua tarefa é o que vai ditar toda a experiência (user-friendly), com base em interações e o comportamento. Entre as atividades que são de responsabilidade desse profissional estão aspectos como facilidade de uso, percepção de valor do sistema, utilidade, eficiência para navegar e executar as tarefas.
Conclusão
Nomenclaturas podem variar de país para país ou até de empresa para empresa (em algumas empresas mais de uma função pode levar um único nome) ou ainda de acordo com o perfil de cada profissional, os especialistas e os generalistas. O objetivo deste post não é estabelecer regras ou limitações, mas mostrar como a experiência do usuário pode ser um processo amplo, contemplando diferentes áreas que vão impactar diretamente no produto final.